sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Poder Da Mente (Retirado de yesachei )

Ao longo da História humana, todos os pensadores importantes tiveram dificuldades em unir uma dualidade sempre sentida e percebida no Ser Humano. Dividia-se o Ser Humano em Corpo e Alma. A Alma representando a parte boa; o Corpo - a parte ruim.

"O Espírito é forte, mas a carne é fraca."

A Alma é de Deus, o Corpo é do Diabo. E o Ser Humano deveria cuidar para que o Corpo e o Diabo não levassem a alma a perder-se, desviar-se dos caminhos de Deus.

Muita penitência se fez para "domar o corpo", vencer as tentações da carne.

Francisco de Assis chama o Corpo de burro, asno chucro, que é preciso domar à base do laço, penitência e sacrifício.

Os instintos seriam carnais, e os bons pensamentos, a vontade de praticar o bem, seriam espirituais.

A Alma estaria encarcerada no Corpo. Daí a dificuldade da Alma expressar-se livremente, a dificuldade do Ser Humano manter-se na trilha do Bem, no caminho das virtudes, viver o encontro da fraternidade ... 

Outros consumiam longas horas de estudos e meditação tentando descobrir como se faria a ligação entre o Corpo-matéria e a Alma-espírito (não matéria).

Longos e acalorados debates atravessaram séculos.

A própria História das Filosofias Ocidentais pode ser dividida em dois grandes grupos, em duas linhas mestras de conceituação e definição (tentativas de explicação do Ser Humano):

Mecanicistas, os que vêem o Ser Humano como máquina, como mecanismo autônomo ou automático. Vivendo um Destino fatalista. 

Os-do-Ser-Livre, os que vêem o Ser Humano como um Ser Livre, autodeterminante dos seus atos e do seu Destino.

Prometo não aborrecê-lo por mais tempo com tais "cogitações" .

Ocorre que essa dualidade, como se estivéssemos divididos, ou como se existisse uma força estranha dentro de nós, que nos conduz a fazer o que não gostaríamos e impede de fazer o que queremos, está viva e nos perturba. É preciso entendê-la e resolvê-la.

Você está convidado, agora, a dar um salto no tempo. Vamos apresentar as grandes descobertas sobre o Funcionamento da Mente Humana. Apresentamos, a seguir, as funções básicas da Mente. Não iremos discutir nem, definir O QUE É A MENTE.

Como, até hoje, não se sabe, exatamente, O QUE É A ELETRICIDADE, mas sabemos como ela FUNCIONA e a aplicamos utilmente de mil maneiras, assim sabemos como a Mente funciona e como podemos fazer uso dela, de forma efetiva e eficaz, para o nosso bem e em benefício de inúmeras pessoas. Vamos também mostrar como podemos desencadear e direcionar a Energia, o Poder da Mente.

AS FUNÇÕES DA MENTE 

Duas são as funções básicas da Mente: o Consciente e o Subconsciente.

Preste muita atenção para compreender bem a diferença existente entre Consciente e Subconsciente.

O CONSCIENTE está intimamente relacionado com a Atenção. Só onde estiver sua Atenção, lá poderá estar o seu Consciente.

- Mas ele é uma função. Funciona para quê?

- É com o Consciente que o Ser Humano pensa, analisa, compara, raciocina, julga, decide, compreende, orienta-se ... É pelo Consciente que o Ser Humano desenvolve sua atividade racional. E, como é a racionalidade que nos distingue dos outros animais, é a atividade consciente de nossa mente que nos faz ser gente. Somente quando agimos sob o controle e o comando do Consciente podemos considerar-nos, realmente, Gente.

E o Ser Humano age de forma Consciente Plena (é totalmente Homem, Gente, Ser Humano) quando pode afirmar:

- SEI o que estou fazendo (percebe o que faz);

- QUERO fazer (faz uso da vontade);

- POSSO escolher e fazer isto, livremente (faz uso da Vontade Livre, do Livre-Arbítrio).

Apenas quando age, realmente, de Vontade Livre, o Ser Humano pode ser considerado RESPONSÁVEL pelo que faz, e poder-se-ia atribuir-lhe culpa, se fosse o caso. 

Muitas vezes, facilmente nos enganamos ao pensar que alguém agiu ou age comresponsabilidade simplesmente porque sabe o que faz e demonstra desejar. Contudo está agindo impulsionado por uma força interior, um impulso irracional e ilógico. 

Também é comum ouvir-se a frase: "Desculpe, fiz sem querer!"

Muito mais vezes do que podemos imaginar, essa frase é sincera e expressa a verdade.

- O que nos faz agir sem querer, sem liberdade real?

- O Subconsciente.

- Que é o Subconsciente?

- O SUBCONSCIENTE é o agente de nossa vida. É o Subconsciente que executa tudo o que acontece conosco. É uma máquina, é um robô que, depois de programado, age mecânica, automática e autonomamente. O Subconsciente não pergunta se está certo ou errado, se é bom ou ruim, se ajuda ou prejudica, se constrói ou destrói. Age cegamente como qualquer máquina.

A Parapsicologia Independente define o Subconsciente como "servomecanismo", isto é, máquina que deveria estar a serviço do Consciente.

Na realidade, muitas vezes ele age até mesmo como elemento escravizante do Consciente. Pois, quando programado, age e reage mecânica e autonomamente, sem respeitar determinação alguma, nem mesmo do Consciente.

Portanto, depois de programado, o Subconsciente age de forma automática e independente.

E é por essa capacidade que o Subconsciente possui de agir de maneira mecânica e independente que - muitas vezes - o ser humano é levado a perceber que AGIU SEM QUERER - isto é, sem a participação da Vontade Livre, sem a participação do Consciente ou EU RACIONAL. Quando isso ocorre, o ser Humano deixou de agir, efetivamente, como gente.

O fato de o Ser Humano vir equipado desse instrumento invisível, mas poderoso, o qual também age independentemente da Vontade ou do comando do Consciente, é que faz a aparente divisão do ser humano. Por vezes, faz com que se tenha a impressão de que uma Força Estranha leva o indivíduo a agir de maneira até contrária à sua vontade, de forma irracional (diabólica, maligna e animalesca; e outras vezes, divina, heróica angelical).

O Subconsciente é o "burro" de Francisco de Assis; é o "Corpo" e a "Carne Fraca" dos ascetas. É o "coração" de Pascal, o sábio francês, quando diz: "Le coeur a des raisons que Ia Raison ne connait pas". (O coração tem razões/motivos que a razão desconhece).

Aqui coração é o Subconsciente - que reage por impulsos programados, fortes e independentes. A Razão é o Consciente, o "EU racional", que deveria comandar o Subconsciente. Porém, por desconhecermos as leis que regem os reais mecanismos do Subconsciente - não só deixamos de usá-Io a nosso serviço como permitimos que ele nos domine.
Jesus de Nazaré, em sua insuperável Sabedoria, também usa sinônimos claros de Subconsciente. "Campo" ou "terreno" é o símbolo predileto de Jesus de Nazaré para expressar, em linguagem de seu tempo, a realidade conhecida pela Parapsicologia como Subconsciente. Coração é outra palavra utilizada por Jesus de Nazaré para representar a realidade do subconsciente. Na Parábola do Semeador, compara a semente à palavra de Deus e o coração do homem ao terreno. Segundo o tipo de terreno (coração ou mentalidade das pessoas ) é mais difícil ou mais fácil vingar (crescer) a semente e desenvolver-se a planta (o trigo) e dar frutos.

Na Parábola do Joio e do Trigo fica claro que o "terreno" faz germinar e crescer qualquer tipo de semente que nele seja lançada, boa ou ruim (trigo ou joio), semeada pelo dono ou pelo inimigo (pelo Consciente - por Vontade do indivíduo) ou por outras influências que lançam a semente (programação) diretamente no Subconsciente, sem sequer o indivíduo perceber ou saber (o inimigo semeia o joio à noite). Nosso Subconsciente pode ser programado por influências externas e sem a gente se dar conta. Jesus de Nazaré enfatiza que o Subconsciente como terreno é obediente e indiferente.

Hoje, mais modernamente, podemos comparar o Subconsciente a um robô fantástico. Mas o símbolo de Jesus de Nazaré é praticamente equivalente. Vejamos.

Robô é o Terreno. 

O Robô aceita qualquer tipo de programação; o Terreno aceita qualquer tipo de semente.

O Robô não se pergunta se a programação é destrutiva ou construtiva; o Terreno também não se pergunta se a semente é joio ou trigo, prejudicial ou benéfica.

A Parapsicologia nos ajuda, hoje, como Ciência, a compreender, de forma mais objetiva, a milenar Sabedoria, tanto profana quanto religiosa. 

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